quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Desconhecido


Às vezes, quando olho para um desconhecido, fico pensando: Como será aquela pessoa por trás de seus olhos? Como ele vê o mundo? Suas angústias não compartilhadas, seus amores perdidos ou ausência de alguém querido. Seus defeitos tão visíveis pelos outros, mas suas qualidades não reconhecidas escondidas em algum lugar por trás daquele olhar.
Tente fazer esse teste: observe e indague.
Somos todo um conjunto de contradições: uma soma de lágrimas e sorrisos. Quais são suas preocupações e medos constantes?
Observar um desconhecido é como imaginar o fundo do oceano, não estamos vendo, mas existe. Dentro dele há uma imensidão de segredos, de sonhos, de marcas não cicatrizadas. Porém, acredito que todos nós possuímos algo em comum: um anseio de nos tornarmos alguém. Ao mesmo tempo me indago sobre seus sonhos perdidos, sobre quantas vezes teve que abrir mão deles para agradar os outros.
Quando vejo um desconhecido, eu penso: no fundo, ele segue em busca de si mesmo e, um dia, se tornará essencial para outrem.

Escrito em: 18/05/2014

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